Cidades

‘Redução de brigadistas em campo é falta de planejamento’, diz especialista em Pantanal

O Ibama, que retiraria os brigadistas do combate aos incêndios no Pantanal mato-grossense por falta de recursos, voltou atrás em sua decisão, na sexta-feira (23) e resolveu manter equipes na região, porém em menor número. A pesquisadora e especialista em Pantanal, Carolina Joana, diz que a redução de brigadistas em campo é preocupante.

"A chuva continua abaixo da média histórica. A minha preocupação é que possa vir uma segunda onda de fogo e as estruturas estarem desmobilizadas. Não temos garantia de chuvas. Então, desmobilizar, para mim, é falta de planejamento", afirma.

A decisão de voltar aos trabalhos foi depois da determinação do governo federal. Na quarta-feira (22), as equipes teriam paralisado as atividades por falta de recursos.

O Ministério da Economia liberou R$ 16 milhões mensais até dezembro para que o Ministério do Meio Ambiente regularize as contas de órgãos ambientais. Só o Ibama diz ter R$ 19 milhões em pagamentos atrasados.

Quase 2.700 focos de calor foram registrados no bioma nos primeiros 20 dias de outubro, um número 400% maior do que no ano passado.

O único foco ativo em Mato Grosso do Sul está entre os rios Miranda e Aquidauana, onde os bombeiros trabalham.

Foto aérea mostra árvores queimadas e vegetação destruída pelo fogo no Pantanal, a maior área úmida do mundo, em Poconé (MT) — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Foto aérea mostra árvores queimadas e vegetação destruída pelo fogo no Pantanal, a maior área úmida do mundo, em Poconé (MT) — Foto: Amanda Perobelli/Reuters

o lado de Mato Grosso, o problema é o fogo subterrâneo, que se propaga em galerias no subsolo, formadas pelo acúmulo de vegetação seca. Com a situação amenizada, agentes da Força Nacional e da Marinha já voltaram para o suas bases, nesse sábado (24).

 

Redação

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